quarta-feira, 12 de outubro de 2011

06/10/2011. Noite de quinta-feira. 21:10 horas.

Rodovia Federal BR 267, km 194.

Passamos pela pequena cidade de Bom Jardim de Minas. Estamos a pouco mais de 90 km da cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais, que fica a 660 km de Ribeirão Preto.

Pista simples, curva fechada. Descendo a 80 ou 90 km/hora, o carro dá uma pequena escorregada, puxando para o acostamento. Tento manter o carro na pista, mas ele escorrega mais para o acostamento. Asfalto novo, provavelmente são britas ou pedriscos ou mesmo óleo no asfalto. O carro derrapa novamente, agora de uma vez, indo para o outro lado da rodovia, por onde vem subindo um caminhão. Para evitar uma colisão de frente, manobro a direção para voltar para o meu lado da pista. O carro derrapa por completo, foge de qualquer controle, bate na guia do acostamento, se eleva do chão e gira no ar.

No momento em que perco o controle do carro e o sinto virando no ar, recito em voz alta a única coisa que me vem à mente: Nam-myoho-rengue-kyo! Ao mesmo tempo, seguro o braço da Bianca, como que para protegê-la. No exato instante em que acabo de recitar aquele único daimoku, o carro para de lado – todo, de chapa, por inteiro - a poucos centímetros de uma ribanceira.

Tudo em menos de 10 segundos.

O veículo caiu no único lugar em que podia cair, para não rolar de vez barranco abaixo. Contrariando as leis da física, de alguma forma o carro cessou seu movimento de queda e parou de lado. Alguns centímetros para frente, para trás ou para o lado, e a queda morro abaixo seria certa.

Fomos imediatamente socorridos pelo motorista do caminhão com o qual escapamos de colidir, e por outras pessoas. Saímos do carro pela janela, com vários homens apoiando o veículo para que ele não se precipitasse para o lado do barranco.

Segundo os policiais federais que lavraram a ocorrência e periciaram o local, as manobras pareceram ter sido calculadas para que o carro parasse naquele exato local, sem descer pela ribanceira.

Nenhum arranhão. Nenhum ferimento.

No mesmo mês de outubro, em 1994, venci a morte em outro acidente de carro, que já relatei neste blog em outra postagem. Daquele acidente em si, não sei nada: o que ou como aconteceu. Naquela ocasião, posso dizer que fui salvo e me recuperei graças ao daimoku das pessoas.

Desta vez, tudo vi e posso relatar o ocorrido: o automóvel derrapou 3 vezes; escapamos de uma colisão frontal com um caminhão; o veículo saiu do chão e voou por 7 metros, a uma altura de 2 metros, girando no ar. E digo com convicção: o que impediu a queda do carro e as proporções que o acidente poderia tomar foi aquele único daimoku. De alguma forma, naquele daimoku estava concentrada toda a vida vivida até então e a força e o poder de mudar instantaneamente a circunstância. Itinen Sanzen.

Nunca duvidei que fosse verdade: um não é pouco, um milhão não é muito.

Mais uma vez ganhei!

3 comentários:

Rubia disse...

Lembro-me muito bem daquele acidente de 94. Mais uma vez você amenizou o efeito cármico. Parabéns! Sua vida é muito preciosa. Grande beijo!

Anônimo disse...

Oramos muito daimoku naquela ocasião. Uma outra vez vc nos contou que também se livrar de um acidente de trânsito na avenida meira júnior parando o seu carro em uma vaga q só caberia o seu UNO. Você tem uma missão que ainda tem que cumprir, e com certeza é grandiosa!
Que bom que nada aconteceu, mais uma vez.
Fábia

Ricardo Macagnan disse...

Li este relato em uma reunião de palestra e por alguns segundos tudo ficou em silêncio, tal foi o impacto do relato. Naquele instante agradeci ao Gohonzon por este relato existir e ter sido publicado. Grande Abraço! Muita boa sorte!