A pesquisa foi realizada com 62 adolescentes com hipertensão,
divididos em 2 grupos. Um deles meditou por 15 minutos, 2 vezes por dia. O
outro grupo recebeu orientações sobre como reduzir a pressão arterial e os
riscos para doenças cardiovasculares, mas as pessoas não praticaram meditação.
Após 4 meses, os jovens que fizeram as sessões de meditação apresentaram
a massa ventricular esquerda menor. Essa massa (um indicador para futuras
doenças cardiovasculares) foi mensurada com ecocardiograma tridimensional antes
e depois do estudo.
O aumento da massa muscular do ventrículo esquerdo é causado
por uma carga extra no coração de pessoas com hipertensão. Durante a meditação,
que pode ser comparada a um período de repouso profundo, a atividade do sistema
nervoso simpático diminui e o corpo libera uma quantidade menor de hormônios do
stress. Como resultado, os vasos relaxam, a pressão sanguínea cai e o coração
trabalha menos. A meditação transcendental resulta em um descanso para o corpo
mais profundo do que o sono.
Na experiência realizada, 4 meses de meditação praticada por
15 minutos, 2 vezes ao dia, produziu efeitos concretos no organismo dos jovens.
Se praticada ao longo do tempo, a meditação pode reduzir os riscos que esses
jovens tem de desenvolver doenças cardiovasculares.
Eis aí mais uma razão para a prática diária de meditação.
Ou, se preferirem, podem substituir pela recitação diária de daimoku que,
também, é uma prática meditativa.
texto
adaptado de matéria publicada em http://veja.abril.com.br/noticia/saude